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Shadow of the Colossus: Não um jogo, uma experiência.

  • Foto do escritor: Roniel
    Roniel
  • 7 de fev. de 2018
  • 3 min de leitura

Como o remake de PS4 de um dos clássicos games do PS2 fez com que minha visão mudasse à respeito deste que é meu “jogo” preferido.

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Recém lançado, o remake de Shadow of The Colossus, aclamado jogo de aventura originalmente concebido em 2005, traz consigo mudanças pontuais perceptíveis em termos gráficos. Talvez o principal salto em relação às suas versões anteriores.


Seja na textura muito mais crível e detalhada das construções e ruínas existentes no mapa do jogo, seja na animação dada aos pelos dos corpos dos Colossus, ou talvez na delicadeza das diferentes posições de luz batendo na superfície das plantas terrenas da extensa planície. Ah, e vale dar destaque também ao refinamento das paisagens auto-geradas do jogo. 


O cuidado com os tratamentos das diversas formas geológicas da região é de se encher os olhos. E por fim um detalhe às vezes ignorado em jogos e que fazem toda a diferença na impressão de realidade em um ambiente virtual: o uso correto das sombras.

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Para fechar o pacote de novidades relacionadas ao belo visual do jogo, o modo foto. Esse truque criativo posto pelos desenvolvedores foi a cereja do bolo para consagrar SOTC como “jogo-arte”. No meio de uma batalha ou durante uma cavalgada, basta apertar um botão e pronto. Diversos ângulos e filtros aparecem para se realizar os ajustes da melhor imagem possível. Da melhor “pintura” possível.


Mas foi com esse remake, especificamente assistindo aos vídeos da internet sobre a batalha de cada Colossus, que eu me vi em novas concepções para este até então intocável jogo.


Muita gente pode não perceber, mas a mecânica de SOTC é a de um jogo de puzzle. Muitas pessoas o classificam assim inclusive. Puzzle: um quebra cabeças que quando resolvido perde a graça. Aí está uma das principais críticas ao game, seja em qualquer versão lançada: a pouca rejogabilidade. E agora em 2018, vendo pela milésima vez como se derrota o Colossus de número n, SOTC perdeu a graça.


Fora esse fato fica a observação da própria facilidade do jogo. Não é preciso ser um gênio para descobrir a maneira de se derrotar o adversário. Não deveria mesmo. Assim como não devia ser tão óbvio às vezes... Uma vez que você descobre e se encontra em batalha contra o gigante a resistência oferecida pelo mesmo é quase que mínima, resumida a uns saculejos no corpo que em pouco interferem na resistência do herói.


Mas um ponto foi o que me chamou mais atenção: a motivação do jogo.

Mas por que que eu tenho que enfrentar esse Colosso? Ele não fez nada pra mim...

Nunca essa frase me incomodou tanto. Principalmente se considerarmos que ela é uma verdade. Tudo bem que o conceito de justiça é algo explorado no fim do jogo, mas não deixam de ser 16 repetições da mesma motivação. A curiosidade de se saber o fim daquilo é latente, mas não algo que justificaria uma história longa.

A jogabilidade de SOTC também é algo a se questionar. O mundo do jogo é vasto e pseudo-interessante. É incrível o tamanho número de pessoas que passam horas e horas fazendo nada no jogo, apenas cavalgando de uma árvore pra outra, de um altar para o outro. O mundo criado para o jogo levanta muito mais perguntas do que respostas: que civilização era aquela? Qual a relação dela com os Colossus? Qual a sua mitologia?


Todos que jogam querem saber disso, mas tudo que temos são teorias e especulações. SOTC se torna então um mundo grandioso com desafios pontuais.

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Opinião Final:

Shadow of The Colossus ainda é o jogo da minha vida. Sua história (base e final) continuam emblemáticos e serve como exemplo para novas que venham. Sua beleza é marca registrada e indescritível. Mas SOTC não é um jogo.


A história de Wander em busca de ressuscitar a amada do mundo dos mortos é uma bela fábula contada em capítulos demais. Uma vez terminado esses capítulos e sua experiência estiver acabada, contente-se com isso. A história chegou ao fim. Não volte ali, nem em pensamentos. Apenas sinta de novo o que você sentiu ao decorrer do jogo.


Sendo iniciante ou não no mundo dos games, fica a dica: jogue-o, viva a experiência conforme deve ser vivida, aprecie um dos poucos jogos “obra de arte” que temos, aprenda com o jogo e pronto.


Ao terminar não guarde-o próximo ao videogame para depois jogá-lo de novo. E nem na cabeça. Você chegará às mesmas conclusões que eu depois de um tempo.

Guarde SOTC no coração. Não há lugar melhor para ele.
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"O amor é a única coisa capaz de transcender as dimensões do tempo e do espaço.”

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